monjolo, haja imaginação para um nome tosco como este: perfeito para a tosquice do monstro desenhado, hehehe. eu adoro estas tirinhas de lego, preciso fazer mais delas.
ando meio lunático, afastado, os temas solitários têm me fascinado ultimamente; planetas oceânicos e aves de rapina, fundo de mar, espaço sideral, desertos, desolação e isolamento, qualquer canto onde não costumamos encontrar civilizações mas que nossa imaginação não deixa de insistir. não consigo dissociar a sequência de tirinhas do fim do mundo com meu universo infantil de brincar de lego, por horas a fio, entre os musgos e pequenas plantas de um vaso antigo, explorando cada rachadura, escaladas abismais, aquele geladinho no coração de ter um mundinho que só você conhece. confesso que estou lendo agora o 'na natureza selvagem', livro estonteante do filme não menos abrasivo de mesmo nome, lançado no ano passado e que já tinha me tirado dos eixos. não que eu pretenda sair por ai e largar toda a minha vida, pelo contrário, isso só me faz questionar aquilo que me faz mal, que fazemos sem perceber ou desnecessariamente, enfim, repensar algumas coisas. estou agora me recuperando de uma torção razoavelmente séria mas não tão grave no tornozelo, algo que me deixou parado já por duas semanas e meia e que deve durar mais uma ainda, e o tempo que me sobra, um tempo ao qual não estou habituado, fora da correria, é um tempo de pensar. sinto-me sim meio desolado, paro para pensar nesta fase da vida em que encerramos mais um pedacinho formal e entramos de cabeça por uma sobrevivência de valores que nem sempre são as virtudes que se esperaria desenvolver. é um daqueles momentos de deserto.
acho que desenhar planetas tem qualquer coisa de recompensador, eu sou daqueles caras que torce, todo dia, para aparecer alguma notícia do espaço no jornal.
eu ia desenhar alguma coisa com chuva, mas de repente, entrar na água me pareceu mais interessante. a pena é que é impossível não colorir as bolhinhas que a águia faz ao entrar na água, a ponta do lápis é muito grande, e já estava de saco cheio de colorir, parece que não é muita coisa, mas deixar o lápis de cor do jeito que você quer no desenho dá um trabalho do cão. adorei este, é um dos meu preferidos.
consciência transmutada! eu adorei esta, gostei muito muito do resultado.
e a dona shitaki vai crescendo e roubando cada vez mais espaço na casa.
beeeeeem aleatória, acho que surgiu de uma brincadeira com a maíra, na verdade nem lembro da onde. daquelas 'idiota é engraçado'.
bem, para conseguir parar em casa sem nada para fazer tive que engessar o pé. santa paciência. eu fiquei muito na dúvida em acrescentar um balão com a fala: 'mas que diabos as formigas têm contra as minhocas?!' ao último quadrinho, mas acabei não fazendo por uma questão talvez até purista de respeitar a idéia original das tirinhas do 'meu fim de mundo' de que não usaria nenhuma escrita. de qualquer forma, achei que ficou clara a idéia, ainda que a piada não fosse feita.
foi agora no feriado, passamos todo o tempo lá no sítio da minha avó num internato maquetício, foram mais de 100 predinhos para uma maquete enoooreme da são joão. quem me dera sobrasse tempo para desenhar.